O Comissário europeu para a Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, afirmou: “Estas bolsas apoiam o trabalho de cientistas excecionais por toda a Europa. O trabalho pioneiro que desenvolveram tem o potencial de fazer a diferença na vida quotidiana das cidadãos e de fornecer soluções para alguns dos nossos desafios societais mais urgentes. O CEI dá a esses investigadores brilhantes a possibilidade de seguirem as suas ideias mais criativas e de desempenharem um papel decisivo no avanço de todos os domínios do conhecimento.”
Os projetos aprovados de investigadores portugueses foram os seguintes:
· RUTTER, um projeto orientado para a construção de um conceito global da Terra, por Henrique Leitão, da Associação para a Investigação e Desenvolvimento de Ciências (FCiências.ID), recebeu financiamento no valor de 2,078 milhões de euros.
· STAND4HERITAGE, que agrega novos padrões para avaliação sísmica da construção da herança cultural, por Paulo B. Lourenço, da Universidade do Minho, financiado em 2,968 milhões de euros.
Estas bolsas premeiam investigação de excelência em todas as áreas científicas e os concursos estão abertos a investigadores de qualquer nacionalidade. Nesta ronda, os países com mais investigadores premiados foram o Reino Unido (47), a Alemanha (32), a França (31) e a Holanda (23).
Para além de permitirem que investigadores de topo concretizem as suas melhores ideias, estas bolsas levam também à criação de emprego para aproximadamente 2 000 pós-doutorados, estudantes de doutoramento e outros membros das equipas de investigação dos bolseiros.
A procura pelas bolsas do Conselho Europeu de Inovação continua a ser muito alta: desta vez, 2 052 propostas foram a concurso, das quais 11 % foram selecionadas para financiamento.
Contexto
As Bolsas Avançadas do Conselho Europeu de Inovação dirigem-se a investigadores de qualquer idade que sejam cientificamente independentes e tenham um historial de pesquisa recente de alto nível, um perfil que os identifique como líderes nos seus campos de trabalho.
A abordagem é simples: um(a) investigador(a) com a sua equipa, uma instituição científica, um projeto, um critério de seleção: a excelência da pesquisa.
A instituição que aloja a pesquisa deve ter por base a Área de Investigação Europeia. Esta pode ser tanto a instituição onde o investigador já trabalha, como uma outra. A instituição pode ser mudada durante a realização do projeto, se o cientista assim o desejar.
O financiamento é de até 2,5 milhões de euros por bolsa (podendo ir até aos 3,5 milhões de euros em casos excecionais, se a investigação requerer a compra de grandes quantidades de equipamento ou a mobilidade para outro continente, por exemplo).